A gravidez precoce é um problema multifatorial – e grave -, inclusive de saúde pública, pois envolve riscos à saúde do bebê e da adolescente, além de um aumento do ciclo da pobreza e exclusão social.
Aqui no Brasil a taxa de gestação na adolescência é alta: cerca de 400 mil casos ao ano. Dados do Ministério da Saúde revelam que em 2014 nasceram 28.244 filhos de meninas entre 10 e 14 anos; e 534.364 crianças de mães com idades entre 15 e 19 anos.
A situação é tão crítica que, em novembro, o Governo Federal realizou, com participação de membros da Sociedade Brasileira de Pediatria, uma reunião para debater o tema.
“E o que os pediatras têm a ver com isso?”
Nós pediatras temos que nos engajar na prevenção da gravidez na adolescência, uma vez que é prerrogativa zelar pela saúde dos pacientes – inclusive sexual e reprodutiva – até os 19 anos de idade.